CURIOSIDADES
História
do Cristal
Alguns historiadores dizem que o primeiro vidro foi obtido de uma maneira puramente casual. Outros dizem que nasceu da derivação da metalurgia. A fabricação antiga do vidro está intimamente ligada com a fabricação de cerâmica que já existia no Egito. Na queima dos potes de barro havia a formação ocasional de glassuras devido a eventuais concentrações de calcário e de sódio na areia, ou ainda, devido a temperaturas muito elevadas. Os primeiros vidros eram só da cor verde e azul, provocadas por algumas impurezas existentes nas matérias primas.No século II AC. (561) em Sido, foi inventada a cana do vidreiro. Esta cana é uma ferramenta de aço refratário com 100 até 160 cm de comprimento e 14 a 18 mm de diâmetro com furo interno. Com esta cana o vidreiro retira do forno a quantidade suficiente de vidro, através da qual ele sopra peça por peça. Esta ferramenta é usada com eficiência até os nossos dias e ainda não foi inventada outra melhor. No ano de 1291 decreta-se o traslado dos fornos para ilha de Murano. Veneza manteve seu monopólio vidreiro por mais de dois séculos. A maior conquista dos venezianos foi à fabricação do cristal com brilho, com transparência absoluta e irreproduzível na época. Areia pura e carbonato de potássio obtido da queima de algas marinhas eram requisitos básicos para se obter esta alta qualidade. No ano de 1675 o químico inglês George Ravenscroft, iniciou a fabricação de vidro chumbo, que conhecemos como o CRISTAL Pbo., superando a qualidade dos vidros venezianos. Fabricação do Cristal Mistura: é o passo inicial de todo o processo. É o setor responsável pela mistura dos produtos químicos, conforme formulação do técnico cristaleiro responsável, bem como o controle da qualidade da matéria prima, sua estocagem e demais cuidados exigidos. Muitas vezes os mesmos profissionais responsáveis pela mistura, podem também ter por função "carregar o forno" posteriormente com esta mistura. Fundição : parte principal do processo. Esta fase é dividida em duas sub-fases. - Fundição da Matéria Prima - após os fornos serem carregados com a matéria prima, este funde esta mistura por aproximadamente 8 horas a uma temperatura de 1520 ºC. Durante este tempo os foguistas, profissionais responsáveis pelo controle de temperatura no forno, controlam todas as reações para que não afetem na qualidade final do produto. - Produção - após a mistura estar completamente fundida a temperatura é levemente baixada e começa então o processo de produção das peças. Tomaremos como exemplo a produção de um copo para vinho a fim de facilitar a visualização do processo: o primeiro profissional, o bolador, recolhe com a cana de vidreiro (instrumento utilizado para soprar o copo) uma pequena quantidade de vidro a fim de auxiliar mais tarde o trabalho do soprador, pois essa pequena bola irá aumentar a área de contato, para que o soprador consiga retirar uma quantidade maior de vidro sem muito esforço. Só então o soprador se utiliza da bola e colhe o cristal. Em seguida ele da forma a mistura pastosa com o auxilio de uma pré-forma, podendo após isso soprar a peça definitiva. A peça passa então para mão do gambista, responsável por aplicar o gambo (pé) e o disco. Neste momento um outro profissional, o colhedor, tráz pequenas quantidades de cristal em outra cana de vidreiro e deixa pingar sobre o copo que está na mão do gambista. Este com o auxilio de tesoura e pequenas ferramentas dão formato ao gambo e disco. A peça vai então para o destacador, que é o responsável por destacar o copo da cana de vidreiro, entregando o copo ao carregador que o leva até o forno de têmpera. Têmpera - ou mufla. Forno no qual o cristal esfria lentamente a fim de diminuir gradativamente a agitação molecular e dar maior resistência ao cristal. Se gasta nesse processo cerca de 1 hora e 30 minutos. Corte - processo de destaque da cachopa, isto é, parte de cristal que ficou sobrando e que ao mesmo tempo era responsável pela junção com a cana de vidreiro. Escolha - os copos são selecionados por qualidades. Esta fase é de grande importância, pois além de definir qual será a lapidação a ser feita, também será controlado os defeitos da produção. Como a escolha acontece aproximadamente 2 horas após a produção, pode-se agir com rapidez para não se perder mais produção em caso de falhas. Lapidação – São feitos traços a tinta no copo para que o lapidador possa ter noção de onde deve ser lapidado. Com ajuda de rebolos de diferentes granulações que giram em uma máquina própria para o serviço, o profissional desgasta a peça de cristal formando desenhos na peça. Com ajuda de escovas giratórias e pó de polimento as peças após lapidadas passam por este processo e adquirem novamente brilho Cuidados Para limpeza das peças, usar água morna com uma colher de vinhagre, detergente e um pano macio. Não colocar em máquina de lavar louça Quando, nos copos aparecerem manchas escuras, pode ser calcinação. Utilize pó de ácido cítrico ou tente limpá-las com solução de amoníaco. Antes de colocar os copos na cristaleira, deixar que a mesma ventile por alguns dias. A madeira normalmente utilizada desenvolve vapores que podem agredir o cristal. |
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CURIOSIDADES
História
do Cristal
Alguns historiadores dizem que o primeiro vidro foi obtido de uma maneira puramente casual. Outros dizem que nasceu da derivação da metalurgia. A fabricação antiga do vidro está intimamente ligada com a fabricação de cerâmica que já existia no Egito. Na queima dos potes de barro havia a formação ocasional de glassuras devido a eventuais concentrações de calcário e de sódio na areia, ou ainda, devido a temperaturas muito elevadas. Os primeiros vidros eram só da cor verde e azul, provocadas por algumas impurezas existentes nas matérias primas.No século II AC. (561) em Sido, foi inventada a cana do vidreiro. Esta cana é uma ferramenta de aço refratário com 100 até 160 cm de comprimento e 14 a 18 mm de diâmetro com furo interno. Com esta cana o vidreiro retira do forno a quantidade suficiente de vidro, através da qual ele sopra peça por peça. Esta ferramenta é usada com eficiência até os nossos dias e ainda não foi inventada outra melhor. No ano de 1291 decreta-se o traslado dos fornos para ilha de Murano. Veneza manteve seu monopólio vidreiro por mais de dois séculos. A maior conquista dos venezianos foi à fabricação do cristal com brilho, com transparência absoluta e irreproduzível na época. Areia pura e carbonato de potássio obtido da queima de algas marinhas eram requisitos básicos para se obter esta alta qualidade. No ano de 1675 o químico inglês George Ravenscroft, iniciou a fabricação de vidro chumbo, que conhecemos como o CRISTAL Pbo., superando a qualidade dos vidros venezianos. Fabricação do Cristal Mistura: é o passo inicial de todo o processo. É o setor responsável pela mistura dos produtos químicos, conforme formulação do técnico cristaleiro responsável, bem como o controle da qualidade da matéria prima, sua estocagem e demais cuidados exigidos. Muitas vezes os mesmos profissionais responsáveis pela mistura, podem também ter por função "carregar o forno" posteriormente com esta mistura. Fundição : parte principal do processo. Esta fase é dividida em duas sub-fases. - Fundição da Matéria Prima - após os fornos serem carregados com a matéria prima, este funde esta mistura por aproximadamente 8 horas a uma temperatura de 1520 ºC. Durante este tempo os foguistas, profissionais responsáveis pelo controle de temperatura no forno, controlam todas as reações para que não afetem na qualidade final do produto. - Produção - após a mistura estar completamente fundida a temperatura é levemente baixada e começa então o processo de produção das peças. Tomaremos como exemplo a produção de um copo para vinho a fim de facilitar a visualização do processo: o primeiro profissional, o bolador, recolhe com a cana de vidreiro (instrumento utilizado para soprar o copo) uma pequena quantidade de vidro a fim de auxiliar mais tarde o trabalho do soprador, pois essa pequena bola irá aumentar a área de contato, para que o soprador consiga retirar uma quantidade maior de vidro sem muito esforço. Só então o soprador se utiliza da bola e colhe o cristal. Em seguida ele da forma a mistura pastosa com o auxilio de uma pré-forma, podendo após isso soprar a peça definitiva. A peça passa então para mão do gambista, responsável por aplicar o gambo (pé) e o disco. Neste momento um outro profissional, o colhedor, tráz pequenas quantidades de cristal em outra cana de vidreiro e deixa pingar sobre o copo que está na mão do gambista. Este com o auxilio de tesoura e pequenas ferramentas dão formato ao gambo e disco. A peça vai então para o destacador, que é o responsável por destacar o copo da cana de vidreiro, entregando o copo ao carregador que o leva até o forno de têmpera. Têmpera - ou mufla. Forno no qual o cristal esfria lentamente a fim de diminuir gradativamente a agitação molecular e dar maior resistência ao cristal. Se gasta nesse processo cerca de 1 hora e 30 minutos. Corte - processo de destaque da cachopa, isto é, parte de cristal que ficou sobrando e que ao mesmo tempo era responsável pela junção com a cana de vidreiro. Escolha - os copos são selecionados por qualidades. Esta fase é de grande importância, pois além de definir qual será a lapidação a ser feita, também será controlado os defeitos da produção. Como a escolha acontece aproximadamente 2 horas após a produção, pode-se agir com rapidez para não se perder mais produção em caso de falhas. Lapidação – São feitos traços a tinta no copo para que o lapidador possa ter noção de onde deve ser lapidado. Com ajuda de rebolos de diferentes granulações que giram em uma máquina própria para o serviço, o profissional desgasta a peça de cristal formando desenhos na peça. Com ajuda de escovas giratórias e pó de polimento as peças após lapidadas passam por este processo e adquirem novamente brilho Cuidados Para limpeza das peças, usar água morna com uma colher de vinhagre, detergente e um pano macio. Não colocar em máquina de lavar louça Quando, nos copos aparecerem manchas escuras, pode ser calcinação. Utilize pó de ácido cítrico ou tente limpá-las com solução de amoníaco. Antes de colocar os copos na cristaleira, deixar que a mesma ventile por alguns dias. A madeira normalmente utilizada desenvolve vapores que podem agredir o cristal. |
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