sábado, 17 de agosto de 2019

Principais inclusões no quartzo




Lodo clorita e hidróxido de ferro




Cabelo dourado, quatzo intercrescido
Âmbar


Lodolita em barracas
Phantom Quartz from Brazil


Dendrita
Диалоги


Clorita, óxido de ferro
Types of Mineral Inclusions with Photos | Geology IN


Goetita


Rutilo
Âmbar

Cabelo; agulhas
Ouro Topázio Azul - o maior do mundo Esmeralda - a maior do mundo Diamante Cameresi Rubi  Augelite  Daum  Safira ...


Dumortierita
Quartz with Dumortierite inclusions, from Brazil


Lepidocrocita
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Ankanguita ou manardita
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Epidoto
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10 Belas e raras



10. Painita

pedras preciosas raras 10
Em 2005, o Livro dos Recordes Guinness reconheceu a painita como a pedra preciosa mais rara do mundo. Descoberta pela primeira vez em Mianmar pelo mineralogista britânico Arthur C. D. Pain na década de 1950, por anos apenas dois cristais do mineral foram conhecidos na Terra. Até o ano do recorde, ainda havia menos de 25 espécimes encontrados.
Hoje, a painita não é tão rara quanto costumava ser. De acordo com a divisão de ciências geológicas e planetárias do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, EUA), a identificação de um novo repositório em Mianmar, a origem das pedras originais, e a descoberta posterior de duas grandes novas localidades do mineral na área de Mogok levaram à recuperação de vários milhares de cristais de painita. No entanto, a pedra ainda está entre as mais raras da Terra.

9. Alexandrita

pedras preciosas raras 9
Alexandrita é famosa pelas suas propriedades ópticas estranhas – a gema pode mudar dramaticamente de cor dependendo do tipo de luz que incide sobre ela. Essa mudança de cor é independente do ângulo de visão de quem a está observando. Uma pedra preciosa que muda de cor quando você a gira em sua mão é chamada de pleocróica, e enquanto a alexandrita é fortemente pleocróica, também pode mudar de cor independentemente do ângulo de visão quando vista sob uma fonte de luz artificial. Por exemplo, na luz solar natural, a gema parece azul esverdeada, mas na luz incandescente suave, parece roxa avermelhada.
A alexandrita pertence à mesma família das pedras preciosas que a esmeralda. Sua propriedade de mudança de cor e sua relativa escassez são devidas a uma combinação extremamente rara de minerais que inclui titânio, ferro e crômio.

8. Tanzanita

pedras preciosas raras 8
Há quem diga que a tanzanita é mil vezes mais rara do que o diamante, e pode muito bem ser, considerando que é encontrada quase que exclusivamente no sopé do Monte Kilimanjaro, em suprimentos limitados.
Como a alexandrita, a tanzanita apresenta mudanças de cores dramáticas que dependem de condições como a orientação do cristal e sua iluminação (mais para o azul, para o roxo ou para o vermelho). De acordo com a divisão de geologia da Caltech, essas variações de cores são, em grande parte, devido à presença de íons de vanádio.

7. Benitoíte

pedras preciosas raras 7
Esta pedra azul impressionante só foi encontrada perto das águas do rio San Benito em San Benito County, na Califórnia. Algumas fontes dizem que também foi descoberta em quantidades limitadas no Japão e no estado americano do Arkansas, mas estes espécimes não possuem “qualidade de pedra preciosa” Uma das características mais marcantes do benitoíte é sua cor azul incandescente sob uma luz UV. O que é estranho é que, apesar de ter sido descrito pela primeira vez na virada do século XX e sua composição química ser conhecida há anos, a origem da sua cor e suas propriedades fluorescentes ainda não são bem compreendidas.

6. Poudreteita

pedras preciosas raras 6
Os primeiros vestígios de poudreteita foram descobertos em meados da década de 1960 na pedreira Poudrette de Mont Saint Hilaire, em Quebec, no Canadá. No entanto, o mineral não foi reconhecido oficialmente como uma nova espécie até 1987, e não foi exaustivamente descrito até tão recentemente quanto 2003.
É provável que poucas pessoas sequer vejam um espécime dessa pedra em pessoa, e a maioria provavelmente nunca sequer vai ouvir falar nela.

5. Grandidierite

pedras preciosas raras 5
Este mineral verde azulado é encontrado quase que exclusivamente em Madagascar, embora o primeiro (e, presumivelmente, único) espécime facetado puro tenha sido recuperado no Sri Lanka. Como a alexandrita e a tanzinita, o grandidierite é pleocróico, e pode transmitir as cores azul, verde e branca.

4. Diamantes vermelhos como o Moussaieff Vermelho

pedras preciosas raras 4
Os diamantes são comuns, mas não o de todas as cores. Eles vêm em uma variedade de tons, em ordem de raridade: amarelo, marrom, incolor, azul, verde, preto, rosa, laranja, roxo e vermelho.
Como ponto de referência, o maior diamante vermelho da Terra – o “Moussaieff Vermelho”, retratado na foto acima – pesa apenas 5,11 quilates (cerca de 1 grama). Os maiores diamantes conhecidos – como alguns cortes do diamante Cullinan – pesam bem mais do que 500 quilates.

3. Musgravite


Este mineral foi descoberto pela primeira vez em 1967 no sul da Austrália, mas também foi encontrado em quantidades limitadas na Groenlândia, Madagascar e Antártica. Os primeiros espécimes realmente grandes e puros o suficiente para serem cortados não foram relatados até 1993.

A partir de 2005, apenas oito espécimes desse mineral são conhecidos.

2. Jeremejevite

pedras preciosas raras 2
Descoberto pela primeira vez na Sibéria no final do século 19, desde então, cristais de jeremejevite com qualidade de gema (grandes e claros o suficiente para serem cortados) só foram recuperados em suprimentos limitados na Namíbia.
Na imagem acima, você vê o maior cristal jeremejevite facetado da Terra.

1. Berilo vermelho

pedras preciosas raras 1
Berilo vermelho, também conhecido como “bixbite”, “esmeralda vermelha” ou “esmeralda escarlate”, foi descrito pela primeira vez em 1904, e enquanto está intimamente relacionado em um nível químico com as pedras esmeralda e aquamarine (ou água-marinha), é consideravelmente mais raro do que ambas.
A distribuição conhecida do mineral é limitada a partes de Utah e Novo México, nos EUA, e ele tem-se revelado extremamente difícil de minerar de forma economicamente viável. Como resultado, algumas estimativas dizem que rubis de qualidade similar (isso porque rubis também são uma joia rara) são cerca de 8.000 vezes mais abundantes que quaisquer amostras de berilo vermelho. Consequentemente, os preços dessa gema chegam a atingir até US$ 10 mil (cerca de R$ 30 mil, no câmbio atual) por quilate de pedra cortada. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Trajetória de um garimpeiro

        Não tenho certeza sobre o que precede a vontade e o ato em si de garimpar. Creio ser um conjunto de lembranças, opiniões, experiências de vida, aptidões e informações reunidas no cérebro, alma, coração e corpo de um indivíduo, que o fazem adentrar no garimpo. Porém há filtros anteriores a esses fatores, que, além de selecionar as futuras condutas, caminhos e decisões  do sujeito, serão responsáveis por suas qualidades como garimpeiro, e por seu  sucesso ou fracasso em encontrar bens minerais de valor, trazê-los à superfície, negociá-los e administrar os recursos apurados, até que a roda viva  do garimpo reinicie outro ciclo. Os tais filtros da inteligência, sensibilidade e força de vontade do garimpeiro podem ser de ordem estética ou econômico-financeira, ou, como na maioria dos casos, um misto das duas  coisas. Se você chegar para um garimpeiro e perguntar por quê ele garimpa, ele pode até dizer que é uma cachaça, que é porque ele gosta, mas em algum ponto ele fatalmente cairá na dualidade estético/econômica: vende porque é bonito (ou raro), e porque vende e representa dinheiro, é ainda mais bonita a pedra. O fato é que sem o tino financeiro para negociar, sem conhecimento de mercado e senso estético para determinar a raridade e o valor da pedra, o garimpeiro é potencial vítima de compradores gananciosos e inescrupulosos.

O INÍCIO 

          O garimpeiro decide garimpar porque viu, ou ouviu falar de outro garimpeiro. No meu caso primeiro ouvi falar em garimpo, depois vi garimpeiros trabalhando. Tive um mestre, Seu Alfredo, baiano. Na primeira vez que o vi, tinha eu trinta e poucos anos, ele na faixa de cinquenta. Primeira lição, apontar as picaretas e ponteiros, que consiste em aquecer, a peça numa forja a carvão, puxar as pontas com uma marreta de  1 ou 1,5 kg, moldar a ponta e temperar  conforme o tipo de rocha na qual se pretenda trabalhar.
          A destreza no manuseio das ferramentas, primeiro passa por ver alguém trabalhar com tal ou tal ferramenta. Depois desenvolve-se estilo próprio. Muito importante é o ritmo, a toada do serviço. Porém, sem um mínimo de resistência física e um mínimo de precisão nos movimentos, não se atinge um mínimo de aproveitamento. Seja pá, picareta, marreta e ponteiro, carrinho de mão, machado etc. Muito importantes são, ainda que intuitivas, certas noções ou modelos mentais de prumo, nível, ângulos, figuras geométricas básicas, paralelismo, conhecimentos básicos de resistência de rochas e outros materiais além de hidráulica. Tudo muito prático, diga-se de passagem. Sem esses e outros  conhecimentos, é impossível executar perfuração de túneis, construção de escoramentos, travamento de estruturas em madeira , desmonte com explosivos, e em último caso, preservar a própria vida em garimpos subterrâneos.

A ATIVIDADE

          Informação em primeiro lugar. Sejam amostras do que se procura, sejam informações de outros garimpeiros ou da população em geral. Há um componente de sorte, já que normalmente garimpeiros não dispõem de tecnologia, capacidade econômica e mesmo conhecimento técnico sobre métodos de sondagem, seja por perfuração seja por ecografia, ou mesmo análise em laboratório. O conhecimento e a experiência podem, na falta da sorte, facilmente substituí-la. "Ciência de garimpo é teima", dizia um antigo garimpeiro. Às vezes pode ser verdade, há minas que passaram pelas mão de três, quatro garimpeiros antes de bamburrarem. Há casos de pessoas que pelejaram décadas em serviços cegos (improdutivos). Há um ditado que  diz: o serviço ensina o cabra trabalhar. Cada mina tem suas especificidades. Vale um exemplo: somos bípedes, porém não se anda do mesmo jeito numa reta sobre cimento, sobre grama, num aclive montanhoso, num declive escorregadio, num pântano ou sobre areia fofa. Os garimpos subterrâneos, que é onde estão no meu caso, as melhores pedras,  é fácil notar que cada mina, cada serviço, tem peculiaridades e também pontos em comum com outras minas e serviços. 
              Um grande divisor de águas no garimpo, é em que função o garimpeiro está. Numa mina subterrânea, de fora pra dentro, em ordem crescente de salário, há o carreiro, que toca o carrinho de mão, que por sua vez sucede o que o guincho puxou de baixo, que por sua vez transporta o que um cortador na frente de serviço, cortou no braço ou desmontou com explosivos. Podem haver funções intermediárias, como fiscais, em serviços de pedras coradas (esmeralda, água marinha, turmalina etc). Geralmente o bom garimpeiro, e isso determina seu salário, sabe fazer tudo, mas prefere cortar, que é ficar na frente de serviço, é o cortador quem primeiro vê as pedras. Porém  é ele quem deve tomar algumas decisões importantes como mudar o rumo o serviço, seguir um galho do veio que parece mais promissor e mesmo dizer que é hora de abandonar o serviço. 
Quase todos no garimpo trabalham sob porcentagem da produção, dependendo do que se ganha adiantado, bem como do tipo de pedra do serviço.
                     Encontrado o que se busca, começa outro processo tão difícil quanto encontrá-lo: vender a mercadoria bem vendida, ou melhor: aprendida a arte de garimpar, é preciso aprender a arte de vender pelo melhor preço médio do mercado, o que não raro é totalmente desconhecido de 90% dos garimpeiros. Seja porque esse preço é mantido em sigilo pelos próprios compradores, seja porque o preço além de flutuar, varia conforme o lugar. Esse mercado, também é mantido em sigilo, certos nichos de consumo na Ásia, América do Norte, Europa e mesmo aqui no Brasil, não são acessíveis num primeiro momento. É necessário investir certo tempo, observação e contato constante com toda a cadeia produtiva dos minerais e gemas para se manter atualizado e vivo no mercado. 
                     
ASPECTOS LEGAIS

             O costume é inicialmente procurar o dono do terreno antes de se iniciar os trabalhos de pesquisa e combinar a porcentagem dele, geralmente 20%, (dependendo das dificuldades e gastos). No meu caso achei por bem fazer isso e registrar a área alvo no DNPM, hoje ANM, Para evitar futuras disputas com possíveis titulares de direitos minerários sobre a referida área e mesmo com o proprietário.